domingo, 8 de setembro de 2013

santos Adriano e Natália, sua mulher, mártires (fim do séc. III).


26 de Agosto

Os Santos Adriano e Natália viviam na cidade de Nicomédia, região de Vifania, na Ásia Menor. Adriano era pagão e um dignitário do imperador Maximiliano Galério (305–311), perseguidor dos cristãos. Natália era cristã, porém em segredo.

Durante a perseguição, esconderam-se numa caverna próxima à Nicomédia 23 cristãos. Tendo sido encontrados, foram levados à prisão e julgados, buscando persuadi-los a que oferecessem sacrifícios aos ídolos. Depois, foram conduzidos ao juizado para que tivessem seus nomes registrados. Ali se encontrava Adriano, que era o diretor da sala do juizado. Adriano perguntou aos cristãos que prêmio esperavam receber de seu Deus por haver suportado todas aquelas torturas. E, como resposta, ouviu:

"As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam" (1 Cor 2,9).

Ao escutar isto, disse Adriano ao escrivão:

«"Tome nota de meu nome junto aos deles, porque também sou um cristão!"

Tendo dito isto, Adriano foi encarcerado. O imperador o aconselhou a apagar seu nome da lista dos cristãos e desculpar-se pelo que fez, mas Adriano respondeu que não havia perdido a razão e assim agia por sua livre vontade. Contava, neste tempo, com 28 anos de idade. Natália, sua esposa, ao saber do que havia se passado, apressou-se a ir à prisão para levar alento ao esposo Adriano e encorajá-lo. Depois de comunicarem aos prisioneiros cristãos que eles haviam sido sentenciados à morte, deixaram que Adriano saísse da prisão e fosse à sua casa rapidamente para que informasse sua esposa de sua condenação. Ao vê-lo, temendo que Adriano tivesse negado a sua fé em Cristo, Natália não permitiu que entrasse em sua casa.

Ao retornar à prisão, Adriano, juntamente com os outros cristãos, foram submetidos às mais cruéis torturas: os carrascos, usando pesadas marretas, quebraram-lhes braços e pernas, causando-lhes grandes sofrimentos antes que morressem. Quando chegou a vez de Adriano, o que mais temia sua esposa é que lhe faltasse coragem e que pudesse renegar a Cristo. Por isso mesmo o acompanhava fortalecendo e sustentando seus braços e pernas quebradas pelos carrascos. Adriano morreu junto com os demais mártires cristãos no ano 304. Quando tentavam queimar seus corpos, uma grande tormenta se formou apagando o fogo e, atingidos por um raio, vários carrascos foram mortos.

O comandante do exército queria casar-se com Natália que ainda era jovem e rica. Ela, porém, antes da morte de Adriano tinha pedido ao seu esposo que rogasse a Deus para que não a obrigassem a casar-se. Logo, Adriano lhe apareceu em sonho e lhe disse que em pouco tempo ela estaria com ele. E assim foi: Natália morreu sobre o sepulcro de seu marido Adriano que estava situado próximo da cidade de Bizâncio para onde os cristãos haviam levado o corpo de Adriano.


Troparion - Modo 4

Teus santos mártires Adriano e Natália, ó Senhor,
Por meio de seus sofrimentos receberam de Ti coroas incorruptíveis, ó nosso Deus. 
Por Teu poder destronaram seus adversários,
E quebraram a ousadia impotente dos demônios.
Por suas intercessões, salva, ó Deus, as nossas almas!