Kallínicos foi o primeiro sacerdote da Igreja dedicada a Santa Mãe de Deus, em Blakhernae. Em 693, com a morte do Patriarca Paulo (686-693), foi elevado ao trono de Constantinopla. Durante esta época, reinava o cruel imperador Justiniano II (685-695), que empreendeu a construção de uma luxuosa fonte em seu palácio, muito próximo desta Igreja, decidindo sua demolição. Ordenou então ao Patriarca Kallinikos que desse a sua bênção para que fosse posta a baixo. O Patriarca respondeu que existia orações para a edificação de igrejas, não para a sua destruição. Quando a igreja foi demolida, com lágrimas, ele gritava: «Glória a Ti, ó Senhor, que suportas com paciência todas estas coisas». Logo a ira de Deus se abateu sobre Justiniano II. No ano 695, derrotado pelo general Leôncio, (695-698) foi deposto do trono e enviado para a prisão em Chersonessus, onde cortaram-lhe o nariz. Leôncio se apoderou então do trono. 10 anos depois Justiniano fugiu de sua prisão, reuniu um exército e avançou em direção a Constantinopla. Entrando na cidade, depois de matar importantes cidadãos, decapitou o imperador e ordenou a prisão do santo Patriarca Kallinikos, e que lhe fossem arrancados os olhos, e sua língua e nariz fossem cortados. Assim, foi enviado ainda vivo para uma prisão em Roma. 40 dias depois, o muro de pedra da prisão onde estava São Kallinicos desabou e o Santo foi encontrado ainda com vida, apesar de muito fraco e respirando muito mal, tanto que, 4 dias depois, entregou sua alma a Deus. (+ 705). Diz a tradição que os Apóstolos São Pedro e São Paulo apareceram em sonho ao Papa de Roma João VI (701-705), ordenando-lhe que o corpo de São Kallinikos fosse sepultado na igreja dos Santos Apóstolos, em Roma.
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