sexta-feira, 9 de agosto de 2013

S. Pantaleimon, megalomártir e médico († e. 305).




27 de Julho (CE) /09 de Agosto (CC)



São Panteleimon nasceu em Nicomídia, na região da Ásia menor, Vifínia. Seu pai, um  importante pagão, chamou-o de Pantaleão o que significa "pelo tudo é leão." Sua mãe, a bem-aventurada Evvula, o educava nos princípios da religião cristã, mas morreu quando ele era ainda um menino. Pantaleão entrou para uma escola de pagãos e depois estudou as artes medicinais com um importante médico. Ele foi apresentado ao imperador Maximiliano Galério (286-305) o qual deixou Pantaleão na sua corte na condição do médico palaciano.

Naquele tempo na Nicomídia escondiam-se os presbíteros Hermolaus, Jermip e Iermocrat, que ficaram vivos após a queima dos cristãos no templo da cidade. O sacerdote Hermolaus notou o jovem médico e explicou-lhe os princípios básicos da religião cristã. Pantaleão começou a frequentar a casa do presbítero e recebeu o dom de Deus de curar as doenças invocando o nome de Cristo. Vendo certa vez na rua uma criança morta devido a mordida de cobra, Pantaleão começou a pedir ao Senhor para ressuscitar o morto. A criança reviveu. Depois deste milagre Pantaleão aceitou o batismo e foi renomeado de Panteleimon, o que significa "todo misericordioso." Certa vez lhe trouxeram um cego e Panteleimon na presença de seu pai começou a rezar a Jesus Cristo pela cura do infeliz e o cego foi curado. Vendo este milagre, seu pai se converteu e recebeu o santo batismo. Panteleimon tratava de graça aos que se dirigiam a ele: alguns com remédios, outros com orações. Isto provocou o ciúme dos médicos e eles denunciaram ao imperador que Panteleimon era cristão.

Maximiano persuadia Panteleimon a oferecer o sacrifício aos ídolos, mas ele se recusou e na presença de todos curou um paralítico. Irado, Maximiano mandou executar o que fora curado e a Panteleimon mandou torturar. Após as torturas Panteleimon permaneceu intacto. Depois foram trazidos ao tribunal os presbíteros Hermolaus, Iermip e Iermocrate e logo decapitados. Enfim cortaram também a cabeça de São Panteleimon e de sua ferida juntamente com o sangue jorrou o leite. Ele morreu martirizado em 305. A oliveira a qual fora amarrado São Panteleimon, durante as torturas cobriu-se de azeitonas. O imperador mandou derrubar a árvore, cortar em pedaços e queimar junto com o corpo do mártir. Mas o corpo atirado à fogueira permaneceu intacto e foi sepultado nas proximidades.

Os que presenciaram descreveram a vida, os sofrimento e a morte de São Panteleimon. Seus santos restos mortais foram distribuídos por todo o mundo cristão. Sua cabeça está guardada no mosteiro russo de São Panteleimon, em Afon. No dia da memória do grande mártir Panteleimon em Nicomídia reúnem-se milhares de pessoas, cristãos ortodoxos e heterodoxos — armênios, católicos e até maometanos. Trazem centenas de doentes, muitos dos quais recebem a cura pelas orações do santo. Na metropolia da Nicomídia guardam-se milhares de manuscritos — gregos, turcos, armênios e italianos, dos que receberam as curas. O nome do grande mártir Panteleimon se invoca durante a execução do sacramento da benção dos santos óleos, durante o ofício pelo doente e durante a benção das águas, e os médicos consideram-no seu padroeiro.

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