08 de Julho (CE) /21 de Julho (CC)
São Procópio foi o primeiro dos mártires da Palestina. Era um
homem cheio da graça divina que, desde menino cultivou-e casto, exercitando-se
na prática das virtudes. De tal modo exercia domínio sobre o corpo, a ponto de
convertê-lo, por assim dizer, num cadáver. Porém, a força que sua alma
encontrava na palavra de Deus dava vigor ao seu corpo. Sobrevivia a pão e água,
alimentando-se somente a cada dois ou três dias. Em certas ocasiões prolongava
seu jejum por uma semana inteira. A meditação da palavra de Deus absorvia sua
atenção dia e noite, sem a menor fadiga. Era amável e bondoso, mas se
considerava o último dos homens, e a todos edificava com suas palavras.
Concentrava seus estudos na Palavra de Deus e tinha apenas algum conhecimento
das ciências profanas. Nasceu em Aelia (Jerusalém), mas residia em Escitópolis
(Betsán), onde desempenhava três cargos eclesiásticos. Lia e traduzia a língua
síria e expulsava os maus espíritos através da imposição de mãos.
Enviado com seus companheiros, de
Escitópolis a Cesaréia, foi preso enquanto atravessava pelos portões da cidade.
Antes de ser algemado e conduzido à prisão, Procópio foi levado ante o juiz
Flaviano, que tentou persuadi-lo de oferecer sacrifícios aos deuses. Mas ele
proclamou em alta voz que «só existe um Deus, criador e autor de todas as
coisas». Esta resposta impressionou o juiz que, não tendo como replicar, buscou
ainda convencê-lo a que, ao menos, oferecesse sacrifícios aos imperadores.
Porém, o mártir de Deus, ignorando seu conselho, reagiu. «Lembra-te, – disse
ele, – dos versos de Homero: ‘Não convêm que hajam muitos senhores’; tenhamos,
pois, um só chefe e um só rei». Como se essas palavras representasse uma
injúria contra os imperadores, o juiz ordenou que Procópio fosse executado
imediatamente. Os carrascos cortaram-lhe a cabeça, e assim Procópio passou para
a eternidade, no sétimo dia do mês de julho, no primeiro ano de nossa
perseguição. Este martírio teve lugar em Cesaréia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário