quinta-feira, 18 de julho de 2013

Sisoé, o Grande, mon. († 429).





06 de Julho (CE) /19 de Julho (CC)


São Sisoé, que viveu no século V, foi um monge no deserto do Egito onde brilhou por sua espiritualidade, suas qualidades intelectuais, humildade e filantropia. Seu nome se propagou rapidamente entre os fiéis, e recorriam a ele para pedir sua benção e buscar seus conselhos espirituais. Abaixo, alguns de seus ensinamentos:

Um irmão, ao ter sido maltratado, levantou-se e veio ao Pai Sisoé e disse: 

«Meu irmão me maltratou e eu quero vingar-me». 

Então, o pai Sisoé lhe suplicou: 

«Não, meu filho, isto não cabe a ti, mas a Deus!» 

Mas ele insistiu: 

«Não descansarei até que me vingue dele». 

Então o pai Sisoé lhe disse: 

«Vem, vamos rezar juntos!» 

E começou a dizer: 

«Senhor, já não necessitamos mais de tua Providência, nem de teu cuidado para conosco; já não És o nosso auxílio, pois este nosso irmão quer depender de si próprio, seguir sua própria vontade e vingar-se de seu irmão». 

Ao ouvir isso, o irmão caiu aos pés do pai e lhe disse: 

«Perdoe-me, pai, pois já não quero a vingança».

Algumas pessoas perguntaram ao pai Sisoé: 

«Se um irmão cai, não deve ele arrepender-se por um ano inteiro?» 

Disse pai Sisoé: 

«Isso é muito duro”. 

Disseram-lhe, então: 

“Seis meses, é suficiente?»

E o Pai contestou:

«É muito!»

E, mais uma vez, disseram:

«Quarenta dias, então?»

Ele disse: 

«É muita coisa».

Replicaram então:

«Mas, como? Tendo caído em pecado, pode participar de imediato, com os irmãos, na Liturgia?»

O pai respondeu:

«Não. Mas pouco tempo é suficiente para se arrepender. Creio que, quando o homem se arrepende de todo o seu coração, Deus o aceita e o perdoa».

Um irmão perguntou ao pai Sisoé:

«Tendo caído, o que devo fazer, pai?»

Disse o pai:

«Levanta-te, pois!»

O irmão disse:

«Eu tinha me levantado, mas voltei a cair de novo».

Disse o pai:

«Levante-te novamente!»

Disse então o irmão:

«E até quando?»

O pai Sisoé respondeu:

«Até você morrer, porque o homem está exposto a queda, mas não têm que desesperar-se da misericórdia de Deus».


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